O verbo associar pode significar unir, juntar, reunir, aliar-se. Para
definir associativismo, prefiro o significado de fazer uma aliança, ou seja, a
união entre duas ou mais pessoas ou entidades em prol de um único objetivo.
Nessas últimas semanas, foi preciso exercitar o espírito associativista, que
bem define nossa região, para alcançar um objetivo comum.
Desde novembro, um grupo de empresários do setor da construção civil vem
buscando soluções para diminuir o impacto da resolução do Governo Federal que
diminuiu o limite do teto para a construção dos imóveis do programa Minha Casa
Minha Vida. Na prática, foram definidos novos recortes territoriais para
definição de valores máximos de imóveis para financiamento habitacional com
recursos do FGTS. Os novos recortes reduzem os valores máximos de 260
municípios de Santa Catarina. Para se ter uma ideia, o teto das cidades de
Itajaí e Jaraguá do Sul passou para 130 mil Reais, o de Guaramirim para R$ 100
mil e o de Schroeder, R$ 90 mil.
Se isso acontecer, a cadeia da construção civil será diretamente
afetada, assim como todos os empregos por ela gerados. A análise feita pelo
Ministério das cidades levou em conta o número de habitantes da região. Um
critério de corte nacional foi estabelecido e somente as regiões metropolitanas
das capitais e algumas cidades polos tiveram o valor ampliado. Santa
Catarina foi prejudicada já que ela se difere territorialmente dos demais
estados da federação.
Os empresários criaram uma rede exclusiva de debates para buscar solução
para o problema, solicitaram ao Instituto Jourdan um estudo e alternativas para
mostrar a regionalidade do estado e buscaram nas forças políticas da região
formas de chegar diretamente ao Ministro das Cidades. O encontro
aconteceu e, graças à proposta apresentada, o Ministro criou um comitê especial
para buscar uma solução para Santa Catarina. O comitê, que é formado por
técnicos do ministério, empresários e representante do Instituto Jourdan, tem
até março para definir novo critério.
O trabalho está somente começando, mas já provou que o associativismo é
o caminho para buscar soluções comuns e com isso continuar gerando emprego,
renda e riqueza.
Marcio Manoel da Silveira
Fonte: http://fatoseconexoes.com.br/2015/12/15/a-forca-do-associativismo/
